quarta-feira, 27 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
O Papa Francisco canoniza quatro religiosas e explica o segredo dos santos: “Viver unidos a Ele”
O site ACI/EWTN Noticias informou que na manhã de ontem (17/05/15), diante de milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro, o Papa Francisco canonizou quatro religiosas, duas delas palestinas de língua árabe. O Santo Padre explicou durante a homilia qual é o segredo dos Santos.
O Papa ingressou no livro dos santos as beatas Maria Alfonsina Danil Ghattas, fundadora da Congregação das Irmãs do Santíssimo Rosário de Jerusalém e Maria de Jesus Crucificado, religiosa professa da Ordem das Carmelitas Descalças, as primeiras santas árabe-Palestinas. Junto a elas, foram canonizadas também a francesa Joana Emília de Villeneuve e a italiana Maria Cristina Brando da Imaculada Conceição.
Em sua homilia o Pontífice afirmou “Este é o segredo dos santos: Viver em Cristo, unidos a Ele como os ramos à videira, para dar muito fruto. E este fruto não é outra coisa senão o amor. Este amor resplandece no testemunho da Irmã Joana Emília de Villeneuve, que consagrou a sua vida a Deus e aos pobres, aos doentes, aos encarcerados, aos explorados, tornando-se para eles e para todos um sinal concreto do amor misericordioso de Deus”.
O Santo Padre disse: “Permanecer no amor: Isto fez também Irmã Maria Cristina Brando. Ela foi completamente conquistada pelo amor ardente pelo Senhor; e pela oração, pelo encontro coração a coração com Jesus ressuscitado, presente na Eucaristia, recebia a força para suportar os sofrimentos e doar-se como pão partido a tantas pessoas afastadas de Deus e famintas de um amor autêntico”.
O Papa Francisco remarcou: “Um aspecto essencial do testemunho a ser dado do Senhor ressuscitado é a unidade entre vós, seus discípulos, à imagem daquele amor que subsiste entre Ele e o Pai”.
“Deste amor eterno entre o Pai e o Filho, que se derrama em nós por meio do Espírito Santo, ganha força a nossa missão e a nossa comunhão fraterna; disto brota sempre novamente a alegria de seguir o Senhor no caminho da sua pobreza, da sua virgindade e da sua obediência; e este mesmo amor chama a cultivar a oração contemplativa”, expressou o Pontífice.
“Algo que precisamente experimentou de modo sublime a Irmã Maria de Jesus Crucificado, humilde e iletrada, soube dar conselhos e explicações teológicas com extrema clareza, fruto do diálogo contínuo com o Espírito Santo. A docilidade ao Espírito Santo a fez também instrumento de encontro e de comunhão com o mundo muçulmano”, afirmou o Papa em sua homilia.
“Também irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas compreendeu bem o que significa irradiar o amor de Deus no apostolado, tornando-se testemunha de brandura e de unidade. Esta Santa nos oferece um claro exemplo da importância de sermos responsáveis uns pelos outros, de viver ao serviço do outro”.
Neste sentido, o Pontífice sublinhou a importância de “permanecer em Deus e no seu amor, para anunciar com a palavra e a vida a ressurreição de Jesus, testemunhando a unidade entre nós e a caridade para com todos”, isto fizeram as quatro santas hoje proclamadas”.
O Santo Padre assegurou: “O exemplo destas mulheres interpela a nossa vida cristã e nos questiona sobre a nossa capacidade de semear na família, no ambiente de trabalho, em minha comunidade, a semente daquela unidade que Ele nos deu fazendo-nos participar da vida trinitária”.
Na homilia o Papa Francisco explicou o que significa fazer parte dos Doze apóstolos: “Significa ser testemunha da ressurreição de Jesus. E a missão de anunciar a Cristo ressuscitado não é individual: deve ser vivida em modo comunitário, com o Colégio Apostólico e com a comunidade”.
Os Apóstolos “são testemunhas” da ressurreição de Jesus e graças a eles “muitos acreditaram”.
“Também nós, hoje, fundamos nossa fé no Senhor ressuscitado, no testemunho dos apóstolos chegado até nós mediante a missão da Igreja. A nossa fé está firmemente ligada ao seu testemunho como a uma corrente ininterrupta desdobrada no decorrer dos séculos não somente pelos sucessores dos Apóstolos, mas por gerações e gerações de cristãos”, sublinhou o Pontífice.
Portanto, “cada discípulo de Cristo é chamado a se tornar testemunha da sua ressurreição, sobretudo naqueles ambientes humanos onde é mais forte o esquecimento de Deus e a perda do homem”.
O Santo Padre concluiu sua homilia dizendo aos peregrinos: “Voltando para casa, levemos conosco a alegria deste encontro com o Senhor ressuscitado; cultivemos no coração o compromisso para viver no amor de Deus, permanecendo unidos a Ele e entre nós, e seguindo as pegadas destas quatro mulheres, modelos de santidade, que a Igreja convida a imitar”.
Alvaro de Juana
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