VATICANO, 21 Dez. 13 / 12:27 pm (ACI).-
Na tradicional audiência para a saudação de Natal
aos membros da cúria romana, neste sábado 21, o Santo Padre evocou com
gratidão o espírito de serviço e santidade prestado pelos que com ele
colaboram de forma mais próxima, agradecendo a todos e a cada um deles.
“Repletos
de gratidão para com Deus, que nos amou ao ponto de entregar o Filho
Unigênito por nós, é bom dar espaço à gratidão entre nós” – afirmou o
Papa.
“Agradeço-vos pelo vosso serviço de cada dia: pelo cuidado,
diligência, criatividade; pelo empenho, nem sempre fácil, em
colaborardes uns com os outros, ouvindo-vos, confrontando-vos,
valorizando as diferentes personalidades e qualidades, no respeito
recíproco”, destacou.
O Papa fez questão dedicar de forma
especial àqueles membros que deixam a Cúria um afetuoso «obrigado»,
destacando o duro e silencioso trabalho destes prelados durante anos e
sua grande dedicação.
“Isto é verdadeiramente digno de
admiração. Muito admiro estes Monsenhores que seguem o modelo dos
antigos curiais, pessoas exemplares… Mas hoje também os temos! Pessoas
que trabalham com competência, precisão, abnegação, realizando
cuidadosamente o seu dever quotidiano”, disse Francisco. “Estes irmãos
que constituem um testemunho muito importante no caminho da Igreja”.
“São um modelo”, acrescentou.
E foi a partir daqui que apontou as
referidas três “características” dos que trabalham na Cúria Romana.
Antes de mais, o profissionalismo:
“O profissionalismo, que significa
competência, estudo, atualização… Isto é um requisito fundamental para
trabalhar na Cúria. Quando não há profissionalismo, lentamente vai-se
escorregando para o nível da mediocridade. A resolução dos casos
reduz-se a informações estereotipadas e comunicações sem fermento de vida, incapazes de gerar horizontes grandes”.
A segunda característica – prosseguiu - é o serviço, serviço ao Papa e aos bispos, à Igreja universal e às Igrejas particulares, vivendo e sentindo com a Igreja:
“Quando
o procedimento não é de serviço às Igrejas particulares e seus bispos,
então cresce a estrutura da Cúria como uma alfândega pesadamente
burocrática, inspetora e inquisidora, que não permite a ação do Espírito
Santo e o crescimento do povo de Deus – advertiu o Papa Francisco.
Finalmente,
uma última característica proposta pelo Santo Padre, “que está na base
também da qualidade do trabalho, do serviço”: a santidade de vida. Na
Cúria Romana, há santos! – assegurou o Papa. “Santidade significa vida
imersa no Espírito, abertura do coração a Deus, oração
constante, humildade profunda, amor fraterno nas relações com os
colegas. Significa também apostolado, serviço pastoral discreto, fiel,
realizado com zelo no contacto direto com o povo de Deus.”
Finalmente,
santidade na Cúria, “significa também objecção de consciência às
murmurações”, “uma lei não escrita que, infelizmente, existe nos nossos
ambientes” - acrescentou o Papa Francisco.
Então, façamos todos
objeção de consciência! E olhai que não pretendo, com isto, fazer apenas
um discurso moral; as murmurações lesam a qualidade das pessoas, do
trabalho e do ambiente.
“Muito obrigado pelo vosso trabalho e, sobretudo, pelas vossas orações.
Sinto-me deveras «levado» pelas orações, e peço-vos que continueis a
sustentar-me desse modo. Também eu vos recordo ao Senhor e abençoo,
desejando um Natal de luz e de paz para cada um de vós e vossos entes
queridos. Feliz Natal!”, concluiu o Santo Padre.
fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26478
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